terça-feira, 9 de março de 2010

Dia do Pai

Já falta pouco para celebrarmos o Dia do Pai!

Deixo aqui algumas ideias para quem quizer aproveitar...


Para os mais pequeninos que sabem fazer coisas lindas, mas que ainda precisam muito de alguma ajudinha da nossa parte, o mais recorrente é utilizarmos as impressões das suas mãozinhas e dos seus pezinhos pequeninos. Impressos em t-shirt's, em telas, em cartões, em almofadas...enfim, onde a nossa criatividade e imaginação permitir... então que tal, acompanhar esses trabalhinhos com este poema tão engraçado?

Aqui fica o poema:


"AS MINHAS DEDADAS"

Papá,

Por vezes ficas zangado

Por eu ser tão desastrado

E deixar sempre dedadas

Espalhadas por todo lado.


Mas o tempo vai passando

E eu cresço sem parar

E as marcas dos meus dedos

Vão ser difíceis de lembrar.


Por isso aqui ficam algumas

Apenas para conheceres

A marca dos meus dedinhos

Para nunca te esqueceres!

(autor desconhecido)






domingo, 28 de fevereiro de 2010

O Monstro das Festinhas


"Tão contente que fiquei
O meu coração deu um salto.
E eu abri a bocarra e gritei
Muito, muito, muito alto:
Festinhas na barriga,
Festinhas no nariz,
Com muitas festinhas
Eu fico feliz!"



"Esta é uma história escrita em rima, sobre um Monstro quenão é mau e que o maior desejo que tem é... que lhe façam festinhas! Um livro sobre carências, afectos e amor.


Para ler em voz alta ou segredar ao coração."


ADOREI esta história! É muito divertida e toca-nos realmente o coração.

Os mais pequeninos deliram e, uma vez que a ouvem, fica-lhes na memória e não param de pedir para repetir o conto da história (falo por experiência própria!).

É engraçado observar a facilidade com que se apaixonam pelo Monstro das Festinhas!

E a ilustração...meu Deus! Enche-nos....a cor, a expressão...LINDA! (eu sou suspeita...porque a Carla é a minha ilustradora preferida! lol)

Para aqueles que não conhecem os trabalhos da Carla Antunes, não sabem o que estão a perder!

Costuma dizer-se que os olhos são o espelho da alma... eu não me engano muito ao dizer que as suas ilustrações podem muito bem ser o espelho do seu coração!

Ela ilustra realmente com todo o amor e carinho do seu coração! (Parabéns Carla!)

Não deixem de comprar o livro...vale mesmo a pena!

Deixo-vos aqui estes sites (é só clicar no sublinhado):

...para quem quizer saber um pouco mais acerca do trabalho da Carla Antunes

... e para quem quizer trabalhar esta história com as suas crianças, algumas sugestões de actividades

...para todos "festinhas na barriga" e "um beijinho na ponta do nariz"! :)

Os Direitos das Crianças

Há muito tempo que não venho aqui...mas hoje arranjei um bocadinho para vir partilhar convosco um poema lindo de Matilde Rosa Araújo.


....para ler com alma e guardar no coração....


OS DIREITOS DAS CRIANÇAS

A criança,
Toda a criança.
Seja de que raça for,
Seja negra, branca,vermelha, amarela,
Seja rapariga ou rapaz.
Fale que língua falar,
Acredite no que acreditar,
Pense o que pensar,
Tenha nascido seja onde for,
Ela te direito...

... a ser para o Homem a
Razão primeira da sua luta.
O Homem vai proteger a criança
Com leis, ternura, cuidados
Que a tornem livre, feliz,
Pois só é livre, feliz
Quem pode deixar crescer
Um corpo são,
Quem pode deixar descobrir
Livremente
O coração
E o pensamento.
Este nascer e crescer e viver assim
Chama-se dignidade.
E em dignidade vamos
Querer que a criança
Nasça,
Cresça,
Viva...

...e a criança nasce
E deve ter um nome
Que seja o sinal dessa dignidade.
Ao Sol chamamos Sol
E à Vida chamamos Vida.
Uma criança terá o seu nome também.
E ela nasce numa terra determinada
Que a deve proteger.
Chamemos-lhe Pátria a essa terra,
Mas chamemos-lhe antes Mundo...

...e nesse Mundo ela vai crescer:
Já sua mãe teve o direito
A toda a assistência que assegura um nascer perfeito.
E, depois, a criança nascida,
Depois da hora radial do parto,
A criança deverá receber
Amor,
Alimentação,
Casa,
Cuidados médicos,
O amor sereno de mãe e pai.
Ela vai poder
Rir,
Brincar,
Crescer,
Aprender a ser feliz...

....mas há crianças que nascem diferentes
E tudo devemos fazer para que isto não aconteça.
Vamos dar a essas crianças um amor maior ainda.

E a criança nasceu
E vai desabrochar como
Uma flor,
Uma árvore,
Um pássaro.
E
Uma flor,
Uma árvore,
Um pássaro,
Precisam de amor - a seiva da terra, a luz do Sol.
De quanto amor a criança não precisará?
De quanta segurança?
Os pais e toodo o Mundo que rodeia a criança
Vão participar na aventura
De uma vida que nasceu.
Maravilhosa aventura!
Mas se a criança não tem família?
Ela tê-la-á, sempre: numa sociedade justa
Todos serão sua família.
Nunca mais haverá uma criança só,
Infância nunnca será solidão.

E a criança vai aprender a crescer.
Todos temos de a ajudar!
Todos!
Os pais, a escola, todos nós!
E vamos ajudá-la a descobrir-se a si própria
E os outros.
Descobrir o seu mundo,
A sua força,
O seu amor,
Ela vai aprender a viver
Com ela própria
E com os outros:
Vai aprender a fraternidade,
A fazer fraterninadade.
Isto chama-se educar:
Saber isto é aprender a ensinar.

Em situação de perigo
A criança, mais do que nunca,
Está sempre em primeiro lugar...
Será que o Sol que não se apaga
Com o nosso medo,
Com a nossa indiferença:
A criança apaga, por si só,
Medo e indiferença das nossas frontes...

A criança é um mundo
Precioso,
Raro.
Que ninguém a roube,
A negoceie,
A explore
Sob qualquer pretexto.
Que ninguém se aproveite
Do trabalho da criança
Para seu próprio proveito.
São livres e frágeis as suas mãos,
Hoje:
Se as mãos magoarmos
Elas poderão continuar
Livres
e ser a força do Mundo
Mesmo que frágeis continuem...

A criança deve ser respeitada
Em suma,
Na dignidade do seu nascer,
Do seu crescer,
Do seu viver.
Quem amar verdadeiramente a criança
Não poderá deixar de ser fraterno:
Uma criança não conhece fronteiras,
Nem raças,
Nem classes sociais:
Ela é o sinal mais vivo do amor,
Embora, por vezes, nos possa parecer cruel.
Frágil e forte, ao mesmo tempo,
Ela é sempre a mão da própria vida
Que se nos estende,
Nos segura
E nos diz:
Sê digno de viver!
Olha em frente!



«Os Direitos das Crianças», de Matilde Rosa Araújo
in As Crianças, Todas as Crianças,
Livros Horizonte, Lisboa, 1979.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Canções de Natal




De fato vermelho

De capuchinho

Com as barbas brancas

Ele é tão velhinho


Chega de noite

Sem dar sinal

Com um grande saco

Ele é o Pai Natal.


Traz nesse saco
Tantos presentes

E nós vamos ficar

Todos muito contentes.


Autor desconhecido

(Cantado com a melodia do Coelhinho de olhos vermelhos)





Mãe Natal




Mãe Natal Mãe Natal que linda que és
Capucho encarnado e botinhas nos pés
Mãe Natal Mãe Natal teu sorriso tem
A mesma alegria que a minha mãe

O teu saco tem brinquedos e é mesmo tal e qual
Àquele saco tão bonito que usa o Pai Natal


Mãe Natal Mãe Natal que linda que és
Capucho encarnado e botinhas nos pés
Mãe Natal Mãe Natal teu sorriso tem
A mesma alegria que a minha mãe

Gostava de ver-te um dia e aquilo que eu mais gostava
É saltar para o teu colo e dar-te um grande beijo


Mãe Natal Mãe Natal que linda que és
Capucho encarnado e botinhas nos pés
Mãe Natal Mãe Natal teu sorriso tem
A mesma alegria que a minha mãe.






Rodolfo


Rodolfo é uma rena de nariz muito encarnado
E de todas as renas ele é o mais engraçado
O Pai Natal diz sempre isto mesmo só a mim
Nunca na minha vida eu vi uma rena assim

Rodolfo é uma rena de nariz muito encarnado
E de todas as renas ele é o mais engraçado
O Pai Natal diz sempre isto mesmo só a mim
Nunca na minha vida eu vi uma rena assim


E na noite de Natal Rodolfo não para um instante
Segue em frente no trenó com o seu nariz brilhante
Rodolfo é incansável vai até de madrugada
O pai Natal diz sempre sem Rodolfo eu não sou nada

E na noite de Natal Rodolfo não para um instante
Segue em frente no trenó com o seu nariz brilhante
Rodolfo é incansável vai até de madrugada
O pai Natal diz sempre sem Rodolfo eu não sou nada
Sem Rodolfo eu não sou nada.







Vai nevar, vai nevar


Ai o tempo tão frio lá fora

Mas em casa há calor agora,

E nós pela janela a olhar

Vai nevar, vai nevar, vai nevar.


Há um belo bolo bom na mesa

E uma vela bonita acesa

É o Natal a chegar

vai nevar, vai nevar.

Quando logo ao dizer boa noite

Com vontade de adormecer

Volta a neve a cair lá fora

E o dia quase a nascer...


Acordamos e continua

Muito frio a viver na rua.

E o dia nasce a cantar

Vai nevar, vai nevar, vai nevar.

La,la,la,la,la….


Quando logo ao dizer boa noite

Com vontade de adormecer

Volta a neve a cair lá fora

E o dia quase a nascer...


Acordamos e continua

Muito frio a viver na rua.

E o dia nasce a cantar

Vai nevar, vai nevar, vai nevar.






O Natal é uma adivinha



Não é só na chaminé

Com o Pai Natal ao pé

Nem luzinhas, nem estrelinhas

O Natal é uma adivinha.



Sabem o que é?

Sabem o que é?

É Natal, nasceu um bébé!



Sabem o que é?
Sabem o que é?
É Natal, nasceu um bébé!



Carta ao Pai Natal


Chegado o mês de Dezembro, aproxima-se o Natal e as crianças entusiasmadas, só pensam nas prendinhas que irão pedir ao Pai Natal.


Para isso, escrevem a famosa carta ao Pai Natal!


todas elas deliram com esta actividade. Até os mais pequeninos!


Esses, que ainda não sabem escrever, podem contar com a nossa ajudar para o fazer.
Mas porque não ser eles a "escrever" a sua carta?!
Afinal podemos arranjar muitas formas de pôr no papel os seus pedidos ao Pai Natal!


Por exemplo: dar às crianças revistas e folhetos publicitários e pedir-lhes que recortem ou rasguem algumas imagens daquilo que gostariam de receber. Ou simplesmente pedir que desenhem.


O resultado é giríssimo e faz o mesmo efeito das cartas escritas.


Deixo-vos também alguns exemplos de papel de carta que podem utilizar para que as vossas crianças escrevam os seus pedidos:















Coisas de Natal

Algumas ideias para o Natal que encontrei na net, em livros e revistas:


BONECO DE NEVE - MOLDURA





ENFEITES PARA A ÁRVORE DE NATAL








ANJINHOS PARA COLORIR



terça-feira, 8 de dezembro de 2009

“Meninos de todas as cores”

Continuando com a temática do respeito pela diferença, aqui vai mais uma actividade que desenvolvi com os meus meninos...

Fiz uma pequena adaptação do texto “Meninos de todas as cores” de Luísa Ducla Soares para fazer um pequeno teatro de fantoches.

Depois de fazer a exploração do teatro de fantoches utilizei também algumas imagens de crianças de diferentes raças para que as crianças tivessem uma maior percepção da variedade de raças e das suas características próprias e tão diferentes de cultura para cultura.

Aproveitei o diálogo e fui falando também acerca de alguns valores (como a amizade, solidariedade, respeito por si e pelo próximo…).

Como as crianças adoraram expressão plástica, decidi levar uma figura de um(a) menino(a) e, com recurso à colagem de pequenas peças de vestuário de tecido de diferentes padrões e texturas, convidei-os a "construirem" um amiguinho, ao qual posteriormente teriam de dar um nome.



Para que todos podessem admirar os "novos amiguinhos" que criaram, elaboramos um painel colectivo onde colocámos todos os "amiguinhos" e um pequeno cartaz com frases ditas pelas crianças acerca do que é ser amigo e respeitar o próximo.




Terminámos com um registo gráfico (desenho) acerca do teatrinho de fantoches que tanto adoraram!

Aqui fica a adaptação que fiz se alguém estiver interessado:




"Meninos de todas as Cores"



Era uma vez um menino branco, chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia:

É bom ser branco porque é branco o açúcar, tão doce
porque é branco o leite, tão saboroso
porque é branca a neve, tão linda.
Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos são amarelos. Arranjou uma amiga, chamada Flor de Lótus que, como todos os meninos amarelos, dizia:
É bom ser amarelo porque é amarelo o sol
e amarelo o girassol
mais a areia amarela da praia.
O menino branco meteu-se num barco para continuar a sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos. Fez-se amigo de uma linda menina chamada Lumumba que, com os outros meninos pretos, dizia:
É bom ser preto como a noite
preto como as azeitonas
preto como as estradas que nos levam a toda a parte.

O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos. Escolheu, para brincar aos índios, um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia:

É bom ser vermelhoda cor das fogueiras
da cor das cerejas
e da cor do sangue bem encarnado.

O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos. Aí fazia corridas com uma menina chamada Bibá, que dizia:

É bom ser castanhocomo a terra do chão
os troncos das árvores
é tão bom ser castanho como o chocolate.

Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:
é bom ser branco como o açúcar
amarelo como o sol
preto como as estradas
vermelho como as fogueiras
castanho da cor do chocolate.

Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.

Adaptado de Luísa Ducla Soares, O Meio Galo, Edições Asa